
Segundo alguns autores, aqui existiu a cidade romana de Castraleucas, para outros estudiosos de Ceciliana. Alcáçovas sofreu posteriormente as invasões muçulmanas, em 715. Aquele povo conquistou rapidamente a vila, e é dessa altura o nome da freguesia. Um topónimo que não é mais do que uma corrupção da palavra Al-casba, que significa fortaleza ou presídio. Foi uma das freguesia: despovoadas durante as guerras mouriscas dos séculos centrais da Idade Média.
Em 1258, recebeu foral de D. Martinho, bispo de Évora, sendo a partir desse ano finalmente povoada. D.Afonso III deu-Ihe novo foral em 1271 e elevou-a à categoria de vila.
D. Dinis viria posteriormente a reedificar Alcáçovas e a construir ali um palácio para sua moradia. Este solar passou mais tarde para os condes de Alcáçovas. Como refere Pinho Real, "D. Dinis aqui residiu por muitas vezes, no seu palácio, vindo passar os verãos a esta vila, e costumava ir cear muitas vezes ao pé da fonte do concelho".
É do reinado do "rei Lavrador", também, a fundação de um castelo, fundamental, à época, para a defesa do território nacional dos ataques estrangeiros.
Muito famosa nesta freguesia, desde sempre, foi a indústria artesanal dos chocalhos. Em meados do século, referia a "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira": «Alcáçovas, rica produtora de cereais, exporta lã e queijo e tem como característica indústria a dos chocalhos, muito antiga, que desde séculos se transmitia de geração em geração, em três ou quatro famílias. Os chocalhos, conforme as dimensões, tomam os nomes de reboleiro, picadeira, piquetes, serranas, etc., além dos minúsculos, os guias de furão.» Ainda hoje, pode-se dizer, é uma arte que vai tardando em desaparecer e que vai conseguindo manter as mesmas características de outrora.
O que fazer
- Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas, adro e cruzeiro
- Ermida de São Pedro
- Fonte dos Escudeiros ou Fonte da Praça da República
- Paço Real da Vila
- Jardim e Capela de Nossa Senhora da Conceição